sexta-feira, 9 de julho de 2010

Açaí pode ajudar na prevenção do câncer


ELISEU BARREIRA JUNIOR

Pesquisa mostra que adição da fruta durante a fermentação do leite estimula a produção de ácido que auxilia na prevenção de alguns tipos de câncer
Tradicionalmente conhecido por suas propriedades energéticas, o açaí deixou de ser uma fruta consumida por esportistas e foi incorporado ao cardápio dos brasileiros na forma de bebidas, doces, geleias e sorvetes nos últimos anos. Agora, um estudo publicado no International Dairy Journal mostra que a mistura da polpa do açaí durante a fermentação do iogurte pode ajudar a prevenir o câncer e fornecer nutrientes importantes para o nosso corpo.

O trabalho, coordenado pela professora Maricê de Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que a fruta estimula a produção do chamado ácido linoleico conjugado (CLA) por linhagens de bactérias presentes na fermentação do iogurte. O CLA, segundo ela, auxilia na prevenção de alguns tipos de câncer, como o colorretal, de estômago e de mama.

O estudo também focou o potencial benéfico do açaí sobre o perfil lipídico do iogurte. Isso quer dizer que o açaí, ao ser misturado no iogurte, promoveu um aumento do teor de ácidos graxos benéficos à saúde. “Tais ácidos estão presentes em maior quantidade em gorduras de origem animal, mas cuja ingestão diária deve ser controlada”, afirma Maricê. “Nosso experimento demonstrou que o iogurte desnatado probiótico fermentado com açaí contribui para a ingestão diária desses ácidos bons para o organismo sem aumentar a ingestão de indesejados alimentos gordurosos.” Além disso, a polpa do açaí é rica em compostos que possuem uma reconhecida capacidade antioxidante. Essa propriedade da fruta assegura a melhor circulação sanguínea e faz a proteção do organismo contra o acúmulo de placas de gordura nas artérias.

A pesquisadora afirma que não é possível fazer o iogurte de açaí em casa, pois, para que o CLA seja formado, é preciso que a fermentação ocorra de forma industrial e controlada. “Mas nosso objetivo é que ele seja vendido nos supermercados no futuro”, diz. De acordo com Maricê, o próximo passo de sua pesquisa é realizar testes em humanos para verificar o potencial da mistura. Ela acredita que isso acontecerá em breve.
Materia extraida da Revista época 21/06/2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Peixe Palhaço









Peixe-palhaço (Amphiprion percula) e anêmona (Heteractis magnífica), na grande barreira de coral, na Austrália. Ao cair da noite, uma anêmona-do-mar contrai-se e fica parecida com um vaso de argila. Os tentáculos que permanecem expostos são suficientes para fornecer abrigo aos peixes-palhaço residentes, que podem crescer até 7 centímetros. A cor do corpo desta anêmona varia entre laranja, rosa, azul, verde, vermelho e branco.
Foto de David Doubilet